colunista do impresso

Governo renovado

style="width: 100%;" data-filename="retriever">

Com a votação do segundo turno, Santa Maria renovou o compromisso com a gestão Pozzobom. Não teremos período de transição, pois a continuidade do governo se dará de maneira mais tranquila. A nova composição do secretariado e a renovação dos CCs não deverá destoar muito da atual. Os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral e a efetivação de apoios logo serão comprovados. Santa Maria, a partir de 1º de janeiro de 2021, caminhará com pernas retificadas. Digo isso por que o espectro da reeleição terá desaparecido e as decisões serão mais fáceis de ser tomadas e aprovadas pelo Legislativo.

Com a chegada de Rodrigo Decimo na vice-prefeitura (novidade que deve ser saudada como salutar), a cidade ganha a experiência de um empresário de sucesso, com obvia experiência de gestão. Esse é um fato novo na política santa-mariense. Temos muitos nomes de pessoas capazes de gerir uma cidade, mas, infelizmente, a maioria se nega a participar da competição eleitoral que, como se viu nesta última campanha, pode degenerar em acusações pessoais capazes de desconstruir uma candidatura. Na ausência desses possíveis nomes, assumem candidatos nos quais não confiaríamos a gerência de uma loja de armarinho!

Muitas pessoas entram na competição política por ambição pessoal. Sonham com carreiras políticas que confortem seus egos. Muitos, também, sonham em alcançar remuneração financeira que não conseguem obter na iniciativa privada. Essa é uma visão pessoal minha, alicerçada em experiência política de militância durante mais de 60 anos. Pode haver contestação, mas sou capaz de alinhar situações deploráveis em que a cidade amargou prejuízos em decorrência de maus gestores e de vereadores e CCs incompetentes.

Felizmente, não sei se em decorrência da pandemia da Covid-19, as cabeças estão mudando e, principalmente os eleitores, estão tomando decisões mais sensatas. A renovação da Câmara Municipal por quase 50% de seus pares mostrou a chegada de novos nomes qualificados e a supressão de outros que o eleitor não valorizou. A condição de serviços prestados à comunidade foi uma qualificação que fez surgir novos nomes, alguns, lamentavelmente, não alcançando quociente suficiente para elegê-los, mas que mostraram à comunidade que existem lideranças capazes de assumir mandatos representativos. Serão nomes que não deverão desaparecer da cena política e, no futuro, poderão assumir cargos representativos e, até mesmo, colaborarem com o Executivo.

Algumas dessas distorções poderão ser corrigidas na reforma do Código Eleitoral. O voto em lista partidária colocaria nomes de projeção no topo das listas, o que valorizaria os partidos e qualificaria as representações. Cada vez mais pessoas estão aderindo à essa fórmula eleitoral, que já é praticada na grande maioria dos países mais desenvolvidos e representa um avanço cultural capaz de sanear muitos dos nossos problemas com "políticos de ocasião".

O carreirismo político, que mantém pessoas inexpressivas apegadas a partidos políticos e eternizam candidatos, inviabilizando o surgimento de outras lideranças é um panorama que pode ser encontrado em qualquer cidade brasileira. A Reforma Eleitoral é uma das necessidades atuais e fazemos votos que este Congresso ainda venha a realizá-la.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Os desafios não são só do prefeito Anterior

Os desafios não são só do prefeito

Quimeras da vida Próximo

Quimeras da vida

Colunistas do Impresso